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O presidente da Associação Brasileira de Gás Canalizado (ABEGÁS), Augusto Salomon, anunciou que as distribuidoras de gás natural estão empenhadas em negociar com as montadoras a produção de novos modelos de carros movidos a gás natural de fábrica. Durante abertura do II Encontro das Distribuidoras de Gás do Nordeste nesta quinta-feira (27), ele lembrou que hoje só o Grand Siena Tetrafuel, da FIAT, já sai de fábrica, mas seria importante que, assim como aconteceu no passado, outras marcas lançassem modelos movidos a GNV, gasolina e álcool.

“A nossa luta na ABEGÁS é que cada vez mais veículos já saiam com GNV de fábrica sem a necessidade de conversão. Essa é uma estratégia atrelada a escala de vendas e certamente irá facilitar a vida do consumidor pela economia e autonomia oferecida pelo combustível”, destacou Augusto Salomon.

Augusto Salomon também destacou o papel estratégico do gás natural na indústria, mas disse que é um desafio das distribuidoras buscarem uma melhor eficiência e diversificação do uso para que a sua ampliação vá além da queima do gás. “Em um momento de crise que o país está passando o nosso papel é reconstruir esse mercado já que muitas empresas têm migrado para os Estados Unidos pelo preço competitivo do gás. Neste sentido, formamos um grupo de trabalho com o Ministério das Minas e Energia e da Fazenda para discutir alternativas para a expansão do gás natural no Brasil”, explicou.

Durante toda a quinta-feira, presidentes e dirigentes da ABEGÁS e de 7 distribuidoras de gás do Nordeste estiveram reunidos discutindo estratégias para manter a competitividade do gás natural no mercado. O presidente da PBGÁS, George Morais, destacou a importância da troca de experiências entre as principais distribuidoras de gás do Nordeste que juntas somam quase 15 milhões de metros cúbicos dia e abastece 20% do mercado de gás natural do país.

Ele considerou o encontro positivo e informou que novos encontros estão programados para o Estado de Alagoas e Pernambuco. “Estamos compartilhando experiências para que cada vez mais o gás natural concorra de maneira isonômica e competitiva com outros energéticos como o coc de petróleo, óleo diesel e madeira gerando cada vez mais credibilidade para que indústria e comércios possam se planejar e otimizar seus lucros com a utilização de um combustível mais limpo e eficiente”.

O gerente de Mercado Industrial e Automotivo, Evaldo Mello, falou sobre o cenário do gás natural na Paraíba e a participação dos mercados residencial, industrial, comercial e automotivo. Ele também sobre a política comercial na indústria que tem como meta substituir o uso de energéticos de baixo valor agregado e as ações que estão sendo implementadas para incentivar o setor automotivo como o bônus para conversão para o GNV, a compra de carros tetrafuel de fábrica e estudos de viabilidade de rota e Duel Fuel para veículos pesados.

Também participaram do encontro em João Pessoa os presidentes da Algás, Arnóbio Cavalcanti, da Bahiagás, Luis Gavazza, da Cégas, Antônio Elbano, da Comgás, Luis Henrique, da Copergás, Décio Padilha, da Sergás, Raoni Lemos, o Gerente de Planejamento da Abegás, Marcelo Mendonça, e os diretores da PBGÁS, David Mouta (Administrativo Financeiro) e Carlos Vasconcelos (Técnico Comercial).